Em tempos antigos, nas terras da Judéia,
Jesus ensinava, com sabedoria e ideia.
Falava às multidões, de maneira exemplar,
Com parábolas e histórias, pra todos escutar.
Disse um dia o Mestre, com voz cheia de razão:
"A quem assemelharei esta geração?
São como meninos, nas praças a brincar,
Que clamam aos seus amigos, para os acompanhar.
'Tocamos a flauta, e não dançastes a melodia,
Cantamos lamentações, e não chorastes em sintonia.'
Assim é este povo, sem perceber a verdade,
Não se movem com a alegria, nem com a seriedade.
Veio João Batista, austero e solitário,
Não comia nem bebia, era um homem visionário.
E o povo então dizia, com desdém e reprovação:
'Este homem tem demônio, em sua condição.'
Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo,
E o povo murmurava, a Jesus difamando.
'Eis aí um comilão, amigo de pecadores,
Publicanos e gente vil, são seus acompanhantes.'
Mas a sabedoria é justificada por seus filhos,
Disse Jesus, com palavras e brilhos.
Pois cada um revela, em suas ações e vida,
Se compreende a verdade, ou se a tem perdida.
Esta geração não entende, o que é verdadeiro,
Rejeitam a mensagem, do Reino por inteiro.
São como crianças, que não sabem decidir,
Nem se regozijam com o bem, nem se deixam conduzir.
João veio no deserto, pregando a conversão,
Chamava ao arrependimento, a toda nação.
Vestia-se de pele de camelo, e mel silvestre comia,
Mas diziam que estava louco, e sua voz não ouviam.
Jesus, o Salvador, veio com outra abordagem,
Comendo com pecadores, mostrando-lhes a mensagem.
Falava do amor, do perdão e da graça,
Mas também foi rejeitado, pelo povo da praça.
A sabedoria divina, justifica seus escolhidos,
Por suas obras, são claramente definidos.
Quem aceita a verdade, e vive com retidão,
Mostra em suas ações, a fé e a devoção.
Por isso Jesus fala, com clareza e ternura,
Que a geração sem fé, vive na amargura.
Não reconhece os profetas, nem o Filho de Deus,
E permanecem cegos, nos próprios enredos seus.
O que João pregava, era preparação,
Para a vinda do Messias, trazendo salvação.
E o que Jesus trazia, era o Reino de amor,
Mas ambos foram rejeitados, pelo povo sem fervor.
Jesus nos convida, a ouvir e refletir,
A viver em sua graça, e a verdade seguir.
Não sejamos como crianças, que não sabem apreciar,
Nem a flauta da alegria, nem o canto do lamentar.
A sabedoria é justificada, por aqueles que a seguem,
Que vivem em verdade, e ao Senhor sempre alegrem.
Pois no fim das contas, o que importa é a fé,
A entrega verdadeira, ao Cristo de Nazaré.
Que possamos entender, a mensagem do Senhor,
E viver em harmonia, na graça e no amor.
Pois a sabedoria divina, é para quem tem coração,
Aberto e sincero, vivendo a plena devoção.
Assim termina o cordel, com mil palavras plenas,
Sobre a geração de então, e suas penas.
Que nossa geração seja sábia e justa,
E que em Jesus, a verdadeira fé se susta.