Numa tarde serena, ao povo Jesus falava,
Com palavras de amor e sabedoria ele encantava,
E entre a multidão, um certo Simão indagava,
Sobre o perdão e o amor, que Ele sempre pregava.
"Simão," disse Jesus, com voz serena e calma,
"Uma coisa tenho a dizer-te, em minha palma."
E o discípulo, curioso, pediu ao Mestre,
"Dize-a, Senhor, que o meu entendimento teste."
Jesus então contou uma história singela,
De um credor com dois devedores em sua tela,
Um devia quinhentos dinheiros, outro cinqüenta,
E ambos, sem posses, estavam sem saída, sem arguenta.
O credor, bondoso, sem hesitar, perdoou-lhes a dívida,
Num gesto de compaixão que encheu de vida,
E então Jesus perguntou, com voz suave e morna,
"Qual deles, após o perdão, mais o credor adorna?"
Simão refletiu, sua mente inquirindo,
E respondeu com sabedoria, seu raciocínio fluindo,
"Aquele, Senhor, que mais recebeu o perdão,
Certamente será o que tem maior gratidão."
Jesus sorriu, com doçura e afeto,
"Eis que julgaste bem, ó sábio objeto,
Pois o amor floresce onde o perdão resplandece,
E o coração agradece quando a dívida se esquece."
Nesta parábola simples, Jesus nos ensina,
Que o amor e o perdão são a verdadeira sina,
E que aquele que mais recebe, mais se encanta,
Com a graça divina que nos livra da tormenta.
Assim como os devedores, nós também devemos,
Agradecer o perdão que do céu recebemos,
E com gratidão e amor, seguir nosso destino,
Vivendo em paz e harmonia, sem desatino.
Pois onde há perdão, há amor e compaixão,
E seguindo os ensinamentos de Jesus, em comunhão,
Caminhamos pela vida, sem temor ou dor,
Semeando amor e perdão, ao nosso redor.
Que esta história nos inspire a perdoar,
E a amar sem medida, em todo lugar,
Pois no coração que perdoa, floresce a verdade,
E vive a essência divina da fraternidade.
Assim como Simão, que julgou com retidão,
Busquemos em nossas ações a verdadeira razão,
E que o perdão e o amor nos guiem a cada dia,
Na jornada da vida, com sabedoria.