Em um tempo de outrora, num canto abençoado,
Havia um grande mestre, por muitos admirado.
Jesus era seu nome, de coração tão claro,
Falava em parábolas, com saber tão raro.
Um dia se acercaram, os mestres da nação,
Perguntaram com zelo, com grande devoção:
"Por que teus seguidores não jejuam como nós,
Nem orações fazem, não erguem suas voz?"
Os discípulos de João, sempre a jejuar,
E também os fariseus, não paravam de orar.
Mas os teus, ó Jesus, vivem a comer,
E bebem de bom grado, sem nada a temer.
Jesus, então, com calma, começou a explicar,
Usou de uma metáfora, para os ensinar:
"Pode o amigo do noivo jejuar na festa?
Enquanto o esposo está, a alegria não cessa.
Dias virão, então, que o esposo será tirado,
E nesses dias tristes, o jejum será lembrado.
Agora é tempo de festa, de alegria sem fim,
Pois o noivo está presente, no meio do jardim."
Essas palavras simples, porém cheias de saber,
Fizeram os homens pensar, refletir e entender.
A presença de Jesus era motivo de luz,
E com Ele ao lado, não havia mais cruz.
Mas o tempo passaria, e o Mestre seria levado,
E então os seus amigos, num pranto renovado,
Jejuariam e orariam, lembrando seu senhor,
Com saudade no peito e em busca de seu amor.
Assim seguiu a história, com lições imortais,
Palavras de sabedoria, que ecoam pelos anais.
E mesmo nos dias de hoje, seu ensino é vital,
Para quem busca a verdade, o amor e o ideal.
A prática do jejum tem um sentido profundo,
Não é só pela forma, mas pelo valor fecundo.
É um ato de entrega, de buscar comunhão,
Com Deus, o Pai Eterno, na mais pura devoção.
Mas quando Jesus está, em nosso coração,
Vivemos em festa, em eterna celebração.
Seu Espírito nos guia, em cada amanhecer,
E nos momentos tristes, é Ele o nosso viver.
Portanto, caro amigo, ouça com atenção,
Essa mensagem antiga, que traz renovação.
Não é só pela prática, mas pelo amor presente,
Que seguimos os passos de Jesus, o onipotente.
O jejum tem seu tempo, e também sua razão,
Mas a festa com o noivo, é plena comunhão.
Dias virão de jejum, dias virão de festa,
E em cada um deles, a fé é que nos resta.
Seja no tempo de dor, ou na alegria do dia,
Caminhamos com Cristo, nossa eterna guia.
Ele é o esposo fiel, que nunca nos deixa sós,
E em Seu nome santo, elevamos nossa voz.
Aos discípulos de João, aos fariseus também,
Jesus deu a resposta, de maneira tão amém.
Compreenderam, então, a mensagem de amor,
Que o jejum tem seu tempo, e a festa seu valor.
E nós, que aqui estamos, nesse tempo e lugar,
Lembramos dessa história, para nos guiar.
Que a prática do jejum seja com entendimento,
E a festa com Jesus, nosso maior sustento.
Assim termina o cordel, com mil palavras ditas,
Narrando uma passagem, com lições tão bonitas.
Que o ensino de Jesus, ecoe em nosso ser,
E que possamos sempre, Seu amor compreender.