Numa sexta-feira ensolarada,
O sol no céu brilhava radiante,
E o povo na cidade agitada,
Preparava-se para a noite vibrante.
Nas ruas estreitas, o vaqueiro,
Com seu chapéu e sua boiada,
Cantava versos com ar faceiro,
Na esperança de uma vida animada.
E lá no mercado movimentado,
As quitandeiras vendiam seus quitutes,
Com risadas e falas de lado a lado,
Numa sexta-feira de alegres tributos.
Os pescadores, no rio à beira,
Lançavam suas redes com destreza,
Esperando a sorte que os aguaceira,
Nessa sexta-feira de grande beleza.
No terreiro da igreja, o sino repica,
Chamando os fiéis para a oração,
Numa sexta-feira, dia da prática,
De fé e devoção em comunhão.
Na venda do Seu Zé, o fuxico rolava,
Entre um gole de café e uma prosa,
E na praça, a criançada brincava,
Numa sexta-feira tão gostosa.
No armazém do seu João, o forró começava,
Ao som da sanfona e do zabumba,
E a moçada animada dançava,
Nessa sexta-feira que nos deslumbra.
E na casa do mestre, o verso ecoava,
Versos de cordel em rimas e prosas,
Contando histórias que a vida ensinava,
Nessa sexta-feira de tantas coisas.
Na cidade pequena, grande é a festança,
Pois sexta-feira é dia de alegria,
Onde a esperança brilha e a vida avança,
Numa dança constante de harmonia.
E assim termina mais um dia da semana,
Sexta-feira que nos traz tanta emoção,
Que nos leva à dança, à fé e à cana,
Numa celebração de pura inspiração.
Que a sexta-feira seja sempre assim,
Repleta de amor, de paz e de luz,
Que nos traga sorrisos do início ao fim,
Num ciclo de vida que nos seduz.