No sertão de terra quente,
Nasceu Severino, valente,
Homem de força e ação,
Bravo como um leão ciente.
Desde cedo na labuta,
Severino fez-se enxada,
Com determinação bruta,
Encarou a jornada.
Severino, homem forte,
No sertão é uma lenda,
Com sua alma de porte,
Vence o que se apresenta.
Com a seca e a estiagem,
Não perde o seu vigor,
Cada desafio é coragem,
Que o faz sempre ir além, com fervor.
Na sua vida de luta,
Sempre buscou o sustento,
Severino não se escuta,
Desiste, não, nem um momento.
Severino, homem de família,
É pai e esposo exemplar,
Com Maria, sua querida,
Soube a vida enfrentar.
No sertão, em noite escura,
Severino olha as estrelas,
Sua fé é sua loucura,
Guiando suas passarelas.
Nas festas e comemorações,
Severino é alegria,
Com suas rimas e canções,
Faz do sertão uma folia.
Nas procissões e orações,
Severino está presente,
Sua devoção, suas ações,
Fazem-no ser gente.
Se o vizinho está em apuros,
Severino logo estende a mão,
Com seu coração de puro,
Ajuda sem hesitação.
No seu aniversário,
Todo o sertão vem louvar,
Severino é um santuário,
De esperança a brotar.
Severino, tua vida é um conto,
De bravura e superação,
Tua história é um encanto,
De força e determinação.
Que teus dias sejam de luz,
E tua jornada sem vão,
Que Deus te abençoe, meu amigo Severino,
Neste cordel, tua eterna canção.