Nos rincões da fé cristã,
Um debate vem se firmar,
Sobre a Virgem Maria,
A mãe do nosso exemplar.
Católicos a veneram,
Mas será que a vão adorar?
Os protestantes insistem,
Que a adoração é excessiva,
Chama isso de Mariolatria,
Uma prática desmedida.
Católicos logo negam,
E afirmam com voz altiva.
Para entender a questão,
Deve-se esclarecer,
A diferença entre latria,
E a dulia, seu dever.
Latria é só para Deus,
E a Ele devemos render.
Mas Maria tem seu posto,
De mãe de Cristo, sem par,
E merece hiperdulia,
Que é uma honra a destacar.
Ainda assim, dizem eles,
Isso a Deus não vai igualar.
Católicos e ortodoxos,
Com grande devoção,
Entoam hinos a Maria,
E em suas preces a têm na mão.
Para muitos é intercessora,
Rainha da salvação.
Medianeira, Co-redentora,
Títulos que vem a ganhar,
Causa da Nossa Salvação,
Imaculada, a se destacar.
Nossa Senhora e Rainha,
Do céu vem a reinar.
Para os irmãos protestantes,
Isso parece idolatria,
Dar a Maria tal honra,
Que a Deus se daria.
Cantar hinos, beijar ícones,
É como se fosse heresia.
Nos textos das Escrituras,
Há advertências claras,
A adorar somente a Deus,
E evitar práticas raras.
Idolatria é pecado,
Que em Gálatas se declara.
Maria foi uma mulher,
Com virtudes e pureza,
Mas não tem o poder,
De interceder com certeza.
Somente Cristo é o mediador,
Entre nós e a fortaleza.
A linha é tênue, de fato,
Entre venerar e adorar,
E a prática de muitos devotos,
Pode a idolatria se assemelhar.
Mas cada fiel tem sua visão,
E deve com ela lidar.
Respeitemos as diferenças,
No modo de venerar,
Seja Maria exaltada,
Ou a Deus só a adorar.
Que a fé em Cristo nos una,
E nos faça caminhar.
E assim encerro o cordel,
Com respeito e devoção,
A história da Mariolatria,
E a sua complexa questão.
Que cada um siga sua fé,
Com amor no coração.
Reflexões Finais
No vasto campo da fé,
Cada crença tem seu lugar,
O importante é o respeito,
E o amor a se espalhar.
Pois no fim, somos irmãos,
A buscar a paz e o amar.