No reino dos céus, uma parábola trazida,
Dez virgens sábias, e dez desprovidas,
Com suas lâmpadas, saíram ao encontro,
Do esposo amado, com fervor e alento.
Cinco delas, prudentes e prevenidas,
Levaram azeite em suas vasilhas,
Mas as outras cinco, tolas e descuidadas,
Não levaram azeite, despreocupadas.
Enquanto o esposo tardava, descansaram,
E todas, tosquenejando, adormeceram,
Mas à meia-noite, um clamor soou,
"Eis que o esposo vem!" - o anúncio ecoou.
As virgens, então, se levantaram,
Prepararam suas lâmpadas, se apressaram,
As tolas clamaram às prudentes, em aflição,
"Dai-nos azeite, pois nossas lâmpadas não têm função!"
Mas as prudentes, sabiamente, responderam,
"Não podemos, senão falte a nós também!"
E sugeriram: "Ide aos que vendem, comprei,
Para que no momento certo, estejais prevenidas."
Enquanto as tolas buscavam o que faltava,
O esposo chegou, e a festa começava,
As prudentes entraram com ele para as bodas,
E a porta se fechou, sem mais outras modas.
Mais tarde, as outras chegaram em clamor,
"Senhor, abre-nos a porta, por favor!"
Mas ele respondeu, com tristeza e rigor,
"Em verdade vos digo, não vos conheço, sem valor."
A parábola nos ensina, com sabedoria,
Que devemos estar prontos, a cada dia,
Pois não sabemos a hora, nem o momento,
Em que o Filho do Homem, virá ao seu intento.
Vigiai, pois, e estai preparados,
Com lâmpadas acesas, e azeite guardado,
Para não serdes como as virgens tolas,
Que perderam a chance, nas horas impensadas.
Que esta história nos sirva de lição,
Que estejamos prontos, em cada estação,
Pois a vinda do Senhor, é um mistério,
Que requer nossa fé e nosso critério.
Assim como as virgens prudentes, estejamos atentos,
Com nossas lâmpadas acesas, e o coração sedento,
Para receber o esposo, com alegria e devoção,
E entrar nas bodas celestiais, com honra e redenção.
Que não sejamos negligentes, em nossa jornada,
Mas vigilantes e prudentes, em toda caminhada,
Para que quando o dia chegar, não sejamos rejeitados,
Mas sim acolhidos, como filhos amados.
Que o azeite da fé e da esperança,
Esteja sempre em nossas vasilhas, em constância,
Para que quando o chamado soar, estejamos prontos,
Para encontrar o nosso Esposo, em êxtase e encantos.
Assim, que esta parábola nos inspire,
A sermos sábios e diligentes, sem cessar,
Para que estejamos sempre preparados,
Para a vinda do Senhor, a qualquer momento chegar.