A Pandemia da COVID 19: Um Cordel da Agonia

Ivaldo Fernandes


No ano de vinte e vinte, uma era de aflição,
O mundo foi surpreendido por cruel situação.
Um vírus se alastrava, e o medo então crescia,
Era a COVID-19, que a paz nos consumia.

Começou lá na China, um surto de infecção,
Com rápido contágio, virou preocupação.
O vírus se espalhava, e o pânico mundial,
Viu o mundo se fechar num momento crucial.

A ordem era clara: todos tinham que ficar,
Em casa, isolados, sem poder se abraçar.
O comércio foi fechado, e o medo então cresceu,
Na quarentena imposta, o mundo adormeceu.

O toque de recolher, as ruas tão vazias,
Um silêncio assustador marcava nossos dias.
Álcool nas mãos, máscara no rosto,
Para evitar o vírus, era o nosso imposto.

Os hospitais lotados, sem lugar para ninguém,
Os doentes se amontoavam, clamando por um bem.
Os médicos se esgotavam, lutando sem cessar,
Contra um inimigo invisível, difícil de encarar.

Pessoas morriam sós, sem um adeus final,
A tristeza se espalhava, um luto universal.
O mundo inteiro chorava, sem saber o que fazer,
Enquanto o vírus feroz continuava a crescer.

A ciência se movia, buscando solução,
Para uma vacina, uma grande salvação.
Meses de incerteza, sem ter um remédio certo,
A esperança era a vacina, um sonho ainda incerto.

Os laboratórios corriam, em busca de um alívio,
Para trazer à humanidade, um fim ao seu martírio.
As vacinas surgiram, trazendo nova esperança,
Mas o mundo ainda sofria, vivendo na lembrança.

Comércios fechados, economia em declínio,
O mundo parecia estar preso a um desatino.
As escolas também fecharam, crianças em casa a estudar,
A rotina de todos precisou se adaptar.

Os trabalhadores remotos, em casa a laborar,
A internet virou ponte, para a vida continuar.
O distanciamento social, uma nova norma a seguir,
Para tentar conter o vírus e conseguir resistir.

A solidariedade floresceu em meio à dor,
Pessoas se ajudavam, num gesto de amor.
Doações e campanhas, um gesto fraternal,
Para ajudar os necessitados, num ato essencial.

Mas o medo persistia, a cada nova onda,
Com variantes surgindo, a esperança se esconde.
Os cuidados redobrados, a higiene a manter,
Para evitar o contágio, e a vida proteger.

Com o avanço da vacina, a esperança renasceu,
Aos poucos, a normalidade no horizonte apareceu.
Os comércios reabriam, com cautela e precaução,
A vida tentava seguir, com certa moderação.

Os encontros eram tímidos, com abraços contidos,
Ainda havia o receio, de novos surtos temidos.
Mas a fé na ciência, um alento trazia,
Aos poucos, o mundo sorria, com mais alegria.

A pandemia ensinou, lições de humanidade,
A valorizar a vida, a saúde e a liberdade.
A importância do coletivo, do cuidado e do amor,
A lutar juntos, unidos, contra qualquer dor.

O mundo nunca mais será o mesmo, isso é fato,
Mas sairemos mais fortes, após esse impacto.
Com resiliência e coragem, superamos o temor,
E com esperança no futuro, seguimos com vigor.

A pandemia da COVID foi dura provação,
Mas também mostrou a força da nossa união.
Que sigamos mais sábios, com lições aprendidas,
Valorizando cada instante, nossas preciosas vidas.

Que a memória dos que foram, nos guie com ternura,
Para um futuro mais justo, com paz e com bravura.
Que nunca nos esqueçamos do que foi esse momento,
E que a esperança nos guie, como um doce alento.

Assim termina o cordel, dessa dura pandemia,
Com versos que relatam tristeza e alegria.
Que possamos superar, com coragem e fé,
E que o futuro nos reserve um caminho de pé.
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