Sírlia Lima
Há muito tempo atrás
Havia um mercador
Que tinha três filhas
As tratava com amor
Mas preferia a Bela
Que era feita de esplendor
O mercador viajaria
Para um país distante
Para cada uma trarei um presente
Disse o pai ofertante
A mais velha pediu
Um colar de brilhante
A filha do meio pediu
Um colar de ouro
Bela disse ao pai
Você é meu tesouro
Volte em segurança
Com o seu chapéu de couro
O pai de Bela indagou
de ela respondeu toda prosa
o que devo trazer para ti?
Traga apenas uma rosa!
Bela é moça simples
Nunca foi vaidosa!
O mercador viajou
O presente foi comprar
Para as filhas mais velhas
Comprou corrente e colar
Mas a rosa de Bela
Não conseguiu encontrar
Ao voltar para casa
Teve uma decepção
Perdeu-se na floresta
No meio da imensidão
Avistou uma luz
E seguiu em direção
A luz vinha de um castelo
Lindo e iluminado
Chamando por alguém
Ninguém o tinha escutado
Adentrou o castelo
Lindamente decorado
O mercador já cansado
Entrou em outro recinto
Viu uma mesa farta
E ele estava faminto
A mesa estava repleta
De comida e vinho tinto
Na manhã seguinte
Depois de acordar
Ele viu lindas rosas
Decorando o lugar
Uma rosa para Bela
No jardim foi pegar
Quando menos esperava
Uma Fera apareceu
Como ousas roubar rosas
Desse jardim que é meu?
A invadir o meu castelo
Ninguém nunca se atreveu
Desculpe meu amigo
Pelo mal que eu causei
Apenas uma rosa
Foi tudo o que eu tirei
Para a minha filha Bela
Por ela enfrentei
Não importa para quem era
O que você veio levar
Como um roubo
Eu vou considerar
E com tua própria vida
Tu irás pagar
O mercador implorou
Mas não teve resultado
Só pensava nas filhas
Estava apavorado
Impôs uma condição
O tal monstro desalmado
A Fera disse ao homem
Para te livrar do perigo
Dê-me sua filha mais nova
Para viver aqui comigo
Ou perderás a vida
Isto é tudo que eu te digo
O homem voltou para casa
Com o coração pesado
Entregou as filhas
O que tinha comprado
Somente para Bela
Que faltou o combinado
Bela notou que seu pai
Estava entristecido
Ele contou sobre a Fera
O que havia acontecido
Bela queria ajudar o pai
Tinha se compadecido
Entre Bela e seu pai
Havia um grande elo
E ela foi com o seu pai
Direto para o castelo
A Fera olhou a Bela
E bateu logo o martelo
Mercador para casa
Tu já podes retornar
A Bela me pertence
Nunca mais irás olhar
O mercador entristecido
Não podia afrontar
A Fera assustadora
A Bela não fez nenhum mal
Ele a tratava bem
De um modo fraternal
A Fera sonhava em um dia
Tornarem-se um casal
Um dia, enquanto Bela
Passeava no jardim
A Fera apareceu
E perguntou assim
Você quer casar comigo?
E ela não disse sim
Ao ver Bela chorando
Ao vê-la soluçar
O motivo da tristeza
A Fera veio Perguntar
Sinto falta da família
A moça veio afirmar
A Fera deu um espelho
Que a encheu de alegria
O espelho era mágico
E por ele enxergaria
Como estavam seus parentes
Pelo espelho olharia
Um dia, ao olhar no espelho
Bela viu seu pai doente
Pediu para a Fera ajudá-la
Para não ser indiferente
A Fera atendeu ao pedido
Com restrições bem na frente
Vá! Mas volte logo
Veja se não me engana
Coloque o anel e vire-o
Volte em uma semana
Bela esqueceu o recado
Mas ela não era insana
Depois de uma semana
Bela sonhou de repente
Sonhou que a Fera morreria
E não foi intransigente
Foi de volta para o castelo
E a Fera estava doente
Ao voltar e ver a Fera
Agonizando no jardim
Bela disse não morra
Eu o quero para mim
Aceito casar contigo
Não tenhas triste fim
Naquele momento
Algo bom aconteceu
A Fera tornou-se um príncipe
O amor resplandeceu
Bela libertou a Fera
Do feitiço que se deu
Bela e o príncipe
Não tiveram mais tormento
Convidaram muita gente
No dia do casamento
Foram felizes para sempre
Sem nenhum constrangimento
Sírlia Lima agradece
Pela sua atenção
Por ter interagido
Com tanta emoção
Obrigada e até logo
Até outra contação